segunda-feira, 15 de junho de 2009

"ORTOGRAFIA"


Para se escrever corretamente, é preciso treinar muito, ler constantemente, memorizar a escrita, conhecer a etimologia (origem) das palavras e também utilizar o dicionário.
Seguem algumas dicas:
1. Observe a derivação das palavras (as palavras derivadas conservam a estrutura das primitivas):

analisar - deriva de análise
ansioso - deriva de ânsia
laranjeira - deriva de laranja

Porém há alguns casos em que isso não ocorre: dirigir (palavra primitiva), dirijo (palavra derivada). Deve-se trocar o “G” por “J”, pois é preciso manter o mesmo fonema (som) da palavra primitiva (em DIRIGIR o som do G é /J/ e antes de A, E, O o G tem som de /GUE/.

2. Os substantivos abstratos (derivados de adjetivos) escrevem-se com EZ ou EZA:
macio – maciez
sensato – sensatez
polido – polidez

rico- riqueza
belo – beleza
delicado – delicadeza

3. As palavras que indicam origem, nacionalidade, título, procedência escrevem-se com ÊS ou ESA:
marquês – marquesa
burguês – burguesa
camponês – camponesa
francês – francesa
português – portuguesa
calabrês – calabresa

4. As palavras femininas que terminam em ISA, ESA, ESSA:
profeta – profetisa
poeta – poetisa
duque – duquesa
príncipe – princesa
conde – condessa

5. Deve-se empregar a letra X quando vier depois de DITONGO:
deixa: EI = DITONGO (encontro de vogal + semivogal na mesma
sílaba)

caixinha: AI = DITONGO
Exceção: caucho

Também deve-se empregar X depois da sílaba inicial EN:
Enxoval, enxergar, enxada.
Atenção: ENCHER (deriva de CHEIO)
Exceção: enchova

Além disso, deve-se empregar o X depois de ME:
Mexer, mexerica, mexilhão
Exceção: mecha e derivados mechado.

Em palavras, cuja origem seja africana, indígena, árabe ou que originaram diretamente do inglês (escritas com SH), usa-se X:
Xangô, xingar, xique-xique, xarope, xampu.

6. Deve-se usar a terminação “IZAR” para formar verbos originados de substantivos ou adjetivos:
alfabeto: alfabetizar
hospital: hospitalizar
ágil: agilizar
suave: suavizar

7. Para formar verbos derivados de substantivos ou adjetivos em que já existe “S” ou “Z”, deve-se usar “AR” na terminação, mantendo-se o “S” ou o “Z” da palavra de origem:
análise: analisar
cicatriz: cicatrizar
deslize: deslizar

Exceções: catequese: catequizar; batismo: batizar; traumatismo: traumatizar; cristianismo: cristianizar.

8. Deve-se usar “OSO” (masculino) ou “OSA” (feminino) para formar adjetivos derivados de substantivos.
gosto: gostoso
Atenção: atencioso
calor: caloroso
amor: amoroso
delícia: delicioso

9. Quando houver verbos terminados em UIR, OER, AR, devem-se grafar as 2ª e 3ª pessoas do Presente do indicativo com I:
possuir: possuo, possuis, possui
contribuir: contribuo, contribuis, contribui
corroer:: corroo, corróis, corrói
atrair: atraio, atrais, atrai


Quando a terminação for UAR, o final será E:
atenuar: atenue

10. Às vezes é possível ND, NS:
ascender: ascensão
apreender: apreensão
expandir: expansão
tender: tensão

11. As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia devem ser escritas com “J”:
canjica, cafajeste

12. As formas verbais que têm o infinitivo terminado em “JAR” devem ser grafadas com “J”:
trovejar: trovejou
viajar: viajem

13. Palavras cujo final seja “AJE” escrevem-se com “J”:
laje, ultraje, traje

14. Há substantivos que terminam com GEM:
triagem, lavagem, coragem, ferrugem
Exceções: pajem, lambujem

15. Palavras que terminam em GIO:
prodígio, relógio, estágio, refúgio

16. Verbos terminados em GER e GIR:
tanger, emergir, atingir

17. As letras “S, Z e X” com som de /Z/:
* Usa-se S:
- depois de ditongo: coisa, lousa
- nas terminações: ase, esse, ise, ose: metástase, catacrese, próclise, osmose
- nos verbos “pôr, usar, querer” e derivados: pus, pusesse, quis, quisesse, quis, quisesse.
* Usa-se Z:
- na terminação “triz”: diretriz
- uma consoante de ligação , antecedendo os sufixos “ada, al, eiro, inho: guri”z”ada, café”z”al, caju”z”inho

Atenção: no diminutivo plural, mantém-se o Z: mãos = mãozinha


18. Palavras escritas com SSE e SE:
A terminação SSE do pretérito imperfeito do subjuntivo (partisse, dormisse) não deve ser confundida com o pronome SE que se agrega ao verbo para indicar voz passiva, voz reflexiva ou indeterminação do sujeito (vendem-se casas, a criança se machucou, precisa-se de garçons)

19. Palavras escritas com ISSE e ICE:
O sufixo ICE forma substantivos derivados de adjetivos ou de outros substantivos (chatice, meninice). Não deve ser confundido com ISSE, terminação de alguns verbos: partisse, dormisse, pedisse).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quer compreender bem um texto?










Siga algumas dicas...








1. Leia, atentamente, o texto várias vezes, pois, a cada leitura, descobre-se alguma novidade.

2. Grife as palavras desconhecidas.

3. Procure, no dicionário, o significado contextualizado das palavras relevantes ao entendimento do texto.

4. Explique para alguém (pai, mãe, amigo) o que você entendeu sobre o que leu, empregue o seu próprio vocabulário.

5. Se não compreendeu algo, releia o trecho que não está claro para você e peça para alguém te auxiliar.

6. Leia o texto inteiro novamente até que todas as partes sejam compreendidas.

7. Retire de cada parágrafo a informação mais importante.

8. Reescreva cada informação selecionada, utilizando o próprio estilo de escrita.

9. Elabore parágrafos precisos: frases curtas, claras, objetivas, coerentes.

10. Estruture bem cada frase (empregue: letra maiúscula, vocabulário rico, diversificado, faça a concordância nominal e a verbal, use corretamente a pontuação e atenção à ortografia!).

11. Estruture cada parágrafo (ideias descomplicadas, ligadas entre si, coerentes, empregue os conectivos adequados, que estabeleçam os sentidos desejados, não repita palavras, use sinônimos, pronomes). Lembre-se de que não só as orações, mas também os parágrafos têm que estar conectados.

COMO ESCREVER BILHETES COM OBJETIVIDADE






· Há um destinatário (o leitor, a pessoa que vai ler o bilhete);

· Você deve escrever apenas o que for necessário para o entendimento, a mensagem, as informações básicas;

· A linguagem deve ser clara, objetiva, bem simples;

· Deve-se ter um objetivo: por que escrever o bilhete;

· Além disso, deve-se registrar a data, as saudações e o remetente (quem escreveu o bilhete);

· Também é muito importante a pontuação: vírgula (,), dois pontos (:), ponto final (.);

· É fundamental organizar as ideias, estruturar as informações e ser preciso.


EXEMPLO:

Mariana, favor entregar esse material de Geografia à Marcela Silva, 5ª D.
28/04/09
Obrigada
Júlia

terça-feira, 31 de março de 2009

Acordo Ortográfico 2009


Segue abaixo um guia rápido com as mudanças ortográficas que já entraram em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

Nota-se que a alteração ocorre na grafia e não na pronúncia, por exemplo: consequência, apesar de se escrever desta forma, pronuncia-se “conseqüência”.

Esse guia foi obtido no site:
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL935393-5604,00-CONFIRA+O+GUIA+RAPIDO+DAS+MUDANCAS+DA+REFORMA+ORTOGRAFICA.html


Veja as principais mudanças na ortografia


Trema – desaparece em todas as palavras
Antes
Freqüente, lingüiça, agüentar

Depois
Frequente, linguiça, agüentar
* Fica o acento em nomes como Müller

Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)

Antes
Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia

Depois
Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia

* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte)

Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas

Antes
Baiúca, bocaiúva, feiúra

Depois
Baiuca, bocaiuva, feiura

* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí

Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)

Antes
Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos

Depois
Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos

Acentuação 4 – some o acento diferencial

Antes
Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa

Depois
Para, pela, pelo, polo, pera, coa

* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo

Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar

Antes
Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você

Depois
Averigue, apazigue, ele argui, enxague você

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas

Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:

Prefixos: agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra...

Usa hífen: quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel

Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom

Hiper, inter, super: quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional

Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico

Sub: quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano

Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor

Vice - "sempre": vice-rei, vice-presidente

Pan, circum: quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar

Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão

Fonte: professor Sérgio Nogueira

quinta-feira, 19 de março de 2009

Emprego do porquê




“Por que não se sabe empregar corretamente o porquê?

• PORQUE: usa-se quando se introduz:
• explicação: Não digas mentira, porque a verdade sempre vigora.
• causa: Não foi à reunião porque estava impossibilitado.


• PORQUÊ: usa-se quando for um substantivo.
• Ex: Não sei o porquê de sua atitude.


• POR QUE: usa-se quando equivale a:
• pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.
• Ex: São vários os países pelos quais passamos.
• motivo, razão e causa nas frases interrogativas diretas e indiretas.
• Ex: Por que você não participa? (interrogativa direta)
• Não sei por que você não veio. (interrogativa indireta)


• POR QUÊ: usa-se quando for final de frase interrogativa. Justifica-se o acento gráfico em quê, pois ele se torna tônico.
• Ex: Você não veio por quê?
• Marcelo não fez as tarefas. Por quê?

LEITURA EXPRESSIVA





Lembre-se de que, ao nos comunicamos oralmente, nossa fala tem mais “eficiência comunicativa” quando tem maior expressividade; pois assim conseguimos prender a atenção dos ouvintes. Seguem abaixo algumas dicas para uma boa leitura.

- Leia, silenciosamente, o texto atentamente.
- É fundamental compreender o que se lê.
- Leia o texto para alguém de sua família ou algum colega e conte o que você compreendeu.
- Se possível, treine a leitura do texto em voz alta, em casa. Inicialmente, treine sozinho(a), depois, faça apresentações para alguma(s) pessoas de sua família ou colega e peça a opinião dele(s).
- Durante a apresentação para a turma, evite olhar para o papel, procure olhar, alternadamente, para o texto e para o público.
- Capriche no aspecto sonoro da fala:

a) Leia em ritmo adequado (não muito lento nem muito acelerado).

b) Fale em tom de voz firme, pronuncie com clareza as palavras que compõem as frases e procure não vacilar, não “enroscar” na leitura. É preciso estar seguro. (Para isso é fundamental o treino antecipado).

c) Faça pequenas pausas na leitura, para os ouvintes terem tempo de pensar no que você está dizendo e também para aumentar a expectativa deles.

d) Dê ênfase a palavras e expressões mais importantes, pronunciando-as em tom de voz um pouco mais alta.

e) Os gestos corporais (de mãos, braços, cabeça) e expressões do rosto são importantes numa exposição oral; procure usá-los, combinando-os com sua fala.